quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Imagens dos trabalhos produzidos no Projeto pedagógico:A Op Art na spider net

ALGUMAS DAS IMAGENS SELECIONADAS
O PROCESSO E REALIZAÇÃO DAS OFICINAS NA LAN HOUSE SPIDER NET

Projeto Pedagógico:Op-Art na Spider Net - Texto avaliativo


Faculdade de Artes Visuais
Aluna: Carmen Lucia
Disciplina: ES-III3-Estagio Supervisionado III

Texto Avaliativo sobre a proposta pedagógica

Aprender e vivenciar a desconstrução, como apregoa as idéias pragmatista, de Dewey, Shusterman e aliando-os ao meu percurso consegui entender que  é necessário o olhar sem medo, para o que está ao meu redor. Foi realmente um exercício inovador e o meu primeiro passo neste projeto, enxergar o meu bairro com outros olhos. Comecei em mim mesma o ato de quebrar paradigmas; pois acredito na avaliação formativa onde professor e alunos fazem parte ao mesmo tempo deste projeto que promove o amadurecimento de ambos. A arte é mutante, subjetiva, complexa e sensível como também o é o próprio ser humano, inseridos no tempo atual, no qual cada teoria da arte é uma resposta as condições socioculturais que contribuirá em nossa forma de trabalhar a nova visão da arte em nosso cotidiano.A escolha da minha porta foi fortemente influenciada pelo nosso curso on line que me levou a perceber como seria rica uma intervenção pedagógica nesta porta,a Lan House, já que a Internet  hoje é parte do nosso mundo, e da educação, sendo ela é um excelente recurso para qualquer tipo de aprendizagem, em particular nas aprendizagens em que o aprendente assume o controle".(MOURA, 1998 op.cit.). A Internet está ligada a noção Vygotskiana de interação entre  o mediador ,que em nosso caso sería o arte educador aquele  responsável por  incentivar diferentes  níveis  de  experiencia  a uma cultura tecnológica..O desafio portanto estava estabelecido,eu iria então buscar na heterogeneidade e a diversidade,propor a arte  e sua contextualização em uma linguagem poética para trabalharmos um softwar .Partimos para a pesquisa dos interesses dos freqüentadores da Lan que evidenciou o Movie Maker. Como a arte precisa deixar de ser concebida ou vista através de uma visão que a coloca em uma posição esotérica, ou seja, intocável, que considera os trabalhos artísticos como “obras”. Ela precisa ser reconhecida como relatos abertos à investigação, não é algo pronto e acabado. É um resumo de experiências que podem ter infinitas interpretações, compreendendo que a essência e o valor da arte está em sua atividade experimental,junto ao o olhar que deve buscar sempre através de novos caminhos os meios em uma postura multiculturalista crítica.Espelhando em  Jenny Holzer, uma artista conceitual americana que há 30 anos faz instalações explorando palavras de forma inusitada, usando diferentes mídias para publicar seu trabalho e adaptei o texto de Arthur Rimbaud que diz:
Farto de ver. A visão que se reencontra em toda parte.
Farto de ter. O ruído das cidades, à noite, e ao sol, e sempre.
Farto de saber. As paradas da vida. - Ó Ruídos e Visões!
Partir para afetos e rumores novos. A verdadeira visão é aquela que descobre nos contrastes, nas curvas, nas linhas retas, o caminho nobre. A verdadeira visão é descobrir a farsa, abrir a porta,fechar o fingimento, que destrói a esperança e  deixa só o tormento e a saudade do que já foi beleza. Meu trajeto revela que está entre aberto, o caminho que vejo é abstrato, tortuoso e difícil, contudo repleto de  paixão, desilusão.Vontade e dificuldade.
A etnografia da porta de entrada,foi realizada embasada nos trabalhos de  Milton Mota que em suas pinturas, o preto e branco, ou  contraste sugere um labirinto a partir da Op-Art, trabalhando a representação mental: visões, fantasias, imaginações, intercalando algumas imagens reais do meu percurso em meio há deformações da realidade que resultaram em uma série de figuras em espaços reduzidos na intenção de formar planos paralelos, irreais, numa atmosfera de curiosidade e beleza permanente, que remeteriam a um labirinto. A luz concentra-se sobre as figuras produzindo um caminho tortuoso e incerto; no qual a porta fica incógnita, no centro da perspectiva, contudo difíceis de ver. A idéia da Op-Art também teve a intenção de funcionar como alucinógenos, na tentativa de propiciar a caminhada do expectador induzindo-o a um comportamento perceptivo, em relação a rua,ao trajeto, feito cotidianamente trabalhando o sensorial,a fruição estética e coletiva.Após meu trailer pronto acatei a intervenção feita pela Noeli e refiz o mesmo porém desta vez usando imagens produzidas por mim.A elaboração da proposta foi sendo montada em conversas com o dono da Lan House,os participantes interessados e as orientadores através do ambiente.Já com a mão na massa em primeiro momento estudamos e pesquisamos a história e conceito da Op art e logo depois indiquei alguns artistas da op art dignos de nota como  Victor Vassarely, Bridget Riley, Alexander Calde, Youri Messe-Jaschin, Richard Anusziewicz, Ad Reinhardt, Kenneth Noland e Larry Poons,a fim de que pesquisagem e se deliciassem com sua produções artísticas.Pesquisa esta que surtiu um efeito muito positivo provocando a motivação dos cursistas.Partimos então para a confecção das imagens pelos participantes do curso,os quais tiveram dentro do nosso tema a liberdade de escolher a forma de executar suas produções,isto é,poderiam usar o paint,outro softwar que dominassem ou simplesmente desenho a mão colorido com lápis de cor,que depois foram fotografadas.Neste ponto passamos então a conhecer e trabalhar todos os instrumentos que o mesmo tem a oferecer.Observei a satisfação de todos e que a motivação deles aumentava e com ela seus questionamentos e colocações.E finalmente juntos fomos elaborando a apresentação com a participação e interferência de todos quanto aos efeitos,a escolha das imagens,a escolha da música. Em termos educacionais ,a questão conceitual, procedimental e atitudinal foram  fundamentais na busca “correta”de fontes de informações contidas na internet quanto o assunto abordado, levando-nos a passar por procesos de análise, depuração e criação de conceitos na construção coletiva de conhecimentos em uma ação conjunta entre cidadãos,os recursos e do potencial formativo da cidade com o normal desenvolvimento do sistema educativo,laboral e social levando a desconstrução para construção de novos conceitos e quebra de esteriótipos.A aprendizagem quanto ao uso da internet, foi conforme o texto, fator estimulante na participação cidadã, no desenvolver do senso crítico, em um projeto coletivo que neste caso em particular, envolveu uma empresa privada na intenção de colaborar e contribuir com o coletivo, sem visar fins lucrativos.em consonância com a afirmação de Vigotsky quando disse que aprender dói,senti que sangrou, doeu, mais saiu,conseguimos e depois que nasceu e chorou...Ah,eu amei.Sinceramente o resultado final para mim foi muito prazeroso ,compensador e superou o esperado.